polemicas sobre celulas-troncos movimentou a opinia nacional
Médico, cientista, sociólogo e padre, cada um defendeu sua posição a respeito do uso de células-tronco embrionárias para pesquisas, durante o "Opinião Nacional" da última quinta-feira, 20/03. Há tempos o assunto vem confrontando opiniões da comunidade científica pró e contra e trazendo a visão dos religiosos. De um lado, os que defendem as pesquisas com embriões, pela possibilidade de cura para doenças graves. Do outro, os que dizem que elas podem causar rejeição e o ideal seria usar apenas células-tronco adultas. Os religiosos se posicionam contra a pesquisa com embriões e agora cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir se essas pesquisas vão continuar no Brasil.
Células-tronco ainda não têm resultados duradouros contra o Parkinson
Acredita-se que avanços na engenharia genética em relação às células-tronco possam trazer grandes benefícios ao tratamento do mal de Parkinson. "As pesquisas no Brasil estão na fase de teste em animais. Fora do País, já existem algumas universidades que conseguiram melhoras em pacientes, mas os resultados não são duradouros, já que os problemas anteriores voltam em questão de um a dois anos", disse Carlos Alexandre Ayoub, clínico e diretor do Centro de Criogenia Brasil (CCB), empresa que coleta e preserva células-tronco do cordão umbilical
As células-tronco têm como principal característica a possibilidade de, ao se dividir, dar origem a qualquer tipo de célula do organismo. Sendo assim, a ideia de tratamento é que sejam injetadas em uma veia periférica, penetrem pela meninge e cheguem ao cérebro, onde produziriam a substância em falta (a dopamina).
As células-tronco têm como principal característica a possibilidade de, ao se dividir, dar origem a qualquer tipo de célula do organismo. Sendo assim, a ideia de tratamento é que sejam injetadas em uma veia periférica, penetrem pela meninge e cheguem ao cérebro, onde produziriam a substância em falta (a dopamina).
São retiradas principalmente da medula (utilizadas desde 1968 em tratamentos de doenças do sangue, como leucemia) e do sangue do cordão umbilical. "As embrionárias não são fonte de tratamento, apenas de estudo. As outras células-tronco são mais restritas. As retiradas de um dente só podem corrigir problemas de dente, assim como acontece com as da pele, dos olhos."
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI4371826-EI1497,00.html
Cientistas descobrem como vermes recuperam partes amputadas
Pesquisadores descobriram um gene que permite ao verme regenerar partes de seu corpo depois que elas foram amputadas. O estudo, que foi publicado nesta quinta-feira (22) na revista científica PloS Genetics,
A pesquisa revelou como as planárias podem regenerar partes de seu corpo – incluindo a cabeça e o cérebro.
Com isso, os cientistas da Universidade de Nottingham esperam produzir novamente órgãos e tecidos humanos velhos ou danificados. Chefiado pelo biólogo Aziz Aboobaker, o estudo revelou que o gene chamado Smed-prep é essencial para a regeneração correta da cabeça e do cérebro do verme planária.
Os vermes conseguem regenerar várias partes do corpo depois que elas são amputadas. Eles contém células-tronco adultas que se dividem constantemente e podem se transformar em qualquer um dos tipos de células que foram perdidas.
As planárias também possuem uma série de genes que trabalham juntos para que as partes do corpo acabem no lugar certo e com o tamanho, a forma e a orientação corretas.
Segundo Aboobaker, os cientistas querem “entender como as células-tronco adultas conseguem trabalhar em conjunto em qualquer animal para formar e substituir partes danificadas ou perdidas de órgãos e tecidos".
Com isso, eles esperam poder tratar o mal de Alzheimer, por exemplo.
Daniel Felix, um estudante que participou da experiência, disse que o entendimento da base molecular para a remodelagem e a regeneração de tecidos é importante para a medicina regenerativa.
A pesquisa revelou como as planárias podem regenerar partes de seu corpo – incluindo a cabeça e o cérebro.
Com isso, os cientistas da Universidade de Nottingham esperam produzir novamente órgãos e tecidos humanos velhos ou danificados. Chefiado pelo biólogo Aziz Aboobaker, o estudo revelou que o gene chamado Smed-prep é essencial para a regeneração correta da cabeça e do cérebro do verme planária.
Os vermes conseguem regenerar várias partes do corpo depois que elas são amputadas. Eles contém células-tronco adultas que se dividem constantemente e podem se transformar em qualquer um dos tipos de células que foram perdidas.
As planárias também possuem uma série de genes que trabalham juntos para que as partes do corpo acabem no lugar certo e com o tamanho, a forma e a orientação corretas.
Segundo Aboobaker, os cientistas querem “entender como as células-tronco adultas conseguem trabalhar em conjunto em qualquer animal para formar e substituir partes danificadas ou perdidas de órgãos e tecidos".
Com isso, eles esperam poder tratar o mal de Alzheimer, por exemplo.
Daniel Felix, um estudante que participou da experiência, disse que o entendimento da base molecular para a remodelagem e a regeneração de tecidos é importante para a medicina regenerativa.
Tratamento com célula-tronco alivia as dores da angina
O tratamento com células-tronco pode ajudar a aliviar os sintomas de quem sofre de angina do peito, mostra uma pesquisa feita na Universidade Federal de São Paulo em parceria com a Universidade do Sul da Flórida, publicada no periódico 'Cell Transplantation'.
Se, por um lado, muitos trabalhos atuais mostram que é muito difícil regenerar o músculo cardíaco, por outro, o novo estudo reforça a ideia de que é possível criar vasos sanguíneos. As células-tronco podem induzir a angiogênese, que é a formação desses vasos. 'Apostamos na doença certa', diz o cirurgião cardíaco Nelson Hossne Júnior, um dos líderes da pesquisa.
A angina ocorre quando há alguma obstrução nas coronárias e o músculo cardíaco deixa de receber o aporte correto de sangue. Isso provoca cansaço extremo e limitações físicas. Os portadores da doença chegam a ter entre 10 e 15 episódios de dor por dia. 'Nos casos de angina refratária, os pacientes já passaram por todos os tratamentos e não há mais o que oferecer. Muitos já foram submetidos a duas ou três cirurgias e a vários cateterismos, mas continuam sentindo dores', diz Hossne. 'A função do coração está normal. O problema deles é a falta de vasos, não de músculo', resume.
Desde 2005, os pesquisadores da Unifesp vêm avaliando um grupo de 25 pacientes com idades entre 53 e 79 anos que sofriam de angina refratária e não tinham mais opções cirúrgicas nem respondiam ao tratamento clínico. Eles receberam a terapia de células-tronco. Os exames de imagem feitos depois do procedimento mostram que, em 80% dos casos, houve normalização do fluxo sanguíneo na área afetada. 'Isso é um dado objetivo', diz Hossner. Os pacientes também foram avaliados clinicamente.
A melhora dos voluntários apareceu, em média, três meses após a cirurgia e continuou progredindo ao longo de 12 meses. Segundo o artigo, isso sugere que a formação de vasos começa logo e se mantém 18 meses após o procedimento.
Metade dos pacientes deixou de sentir dor. Os demais têm poucos episódios de sofrimento e, ainda assim, apenas quando realizam esforços físicos intensos. Cerca de 90% deles retomaram as atividades normais quatro meses após a cirurgia. Os cientistas afirmam que o alívio dos sintomas foi progressivo, sugerindo que não se trata de um efeito transitório.
Ainda não se conhece o mecanismo exato que leva à formação de novos vasos no coração. Uma das hipóteses é que a presença das células-tronco amplifique a resposta de outras células que estão lá encarregadas dessa função.
A pesquisa também constatou que, quanto maior a presença de monócitos -um tipo de célula de defesa- associados à célula-tronco, melhor a resposta clínica do paciente.
Células do paciente
Na operação, os médicos retiram células-tronco adultas da própria pessoa, presentes na medula óssea, no osso da bacia. Entre outras vantagens, isso diminui o risco de rejeição. As células são isoladas e, em seguida, injetadas diretamente nas áreas do músculo cardíaco que se encontravam em sofrimento, por um pequeno corte de dez centímetros. A identificação dessas regiões tinha sido feita por exames de imagem, como a cintilografia.
No artigo, os autores reconhecem que uma das limitações do estudo é a falta de um grupo-controle para avaliar o efeito placebo -ainda que o benefício tenha se mantido ao longo do tempo e tenha sido observado em exames. 'Há evidências de que as células-tronco podem formar vasos mas, sem um grupo-controle, não é possível afirmar que o benefício esteja diretamente relacionado ao uso delas', pondera Antônio Carlos Campos de Carvalho, chefe do departamento de ensino e pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro.
http://www.alemtemporeal.com.br/?pag=saude&cod=5044
Se, por um lado, muitos trabalhos atuais mostram que é muito difícil regenerar o músculo cardíaco, por outro, o novo estudo reforça a ideia de que é possível criar vasos sanguíneos. As células-tronco podem induzir a angiogênese, que é a formação desses vasos. 'Apostamos na doença certa', diz o cirurgião cardíaco Nelson Hossne Júnior, um dos líderes da pesquisa.
A angina ocorre quando há alguma obstrução nas coronárias e o músculo cardíaco deixa de receber o aporte correto de sangue. Isso provoca cansaço extremo e limitações físicas. Os portadores da doença chegam a ter entre 10 e 15 episódios de dor por dia. 'Nos casos de angina refratária, os pacientes já passaram por todos os tratamentos e não há mais o que oferecer. Muitos já foram submetidos a duas ou três cirurgias e a vários cateterismos, mas continuam sentindo dores', diz Hossne. 'A função do coração está normal. O problema deles é a falta de vasos, não de músculo', resume.
Desde 2005, os pesquisadores da Unifesp vêm avaliando um grupo de 25 pacientes com idades entre 53 e 79 anos que sofriam de angina refratária e não tinham mais opções cirúrgicas nem respondiam ao tratamento clínico. Eles receberam a terapia de células-tronco. Os exames de imagem feitos depois do procedimento mostram que, em 80% dos casos, houve normalização do fluxo sanguíneo na área afetada. 'Isso é um dado objetivo', diz Hossner. Os pacientes também foram avaliados clinicamente.
A melhora dos voluntários apareceu, em média, três meses após a cirurgia e continuou progredindo ao longo de 12 meses. Segundo o artigo, isso sugere que a formação de vasos começa logo e se mantém 18 meses após o procedimento.
Metade dos pacientes deixou de sentir dor. Os demais têm poucos episódios de sofrimento e, ainda assim, apenas quando realizam esforços físicos intensos. Cerca de 90% deles retomaram as atividades normais quatro meses após a cirurgia. Os cientistas afirmam que o alívio dos sintomas foi progressivo, sugerindo que não se trata de um efeito transitório.
Ainda não se conhece o mecanismo exato que leva à formação de novos vasos no coração. Uma das hipóteses é que a presença das células-tronco amplifique a resposta de outras células que estão lá encarregadas dessa função.
A pesquisa também constatou que, quanto maior a presença de monócitos -um tipo de célula de defesa- associados à célula-tronco, melhor a resposta clínica do paciente.
Células do paciente
Na operação, os médicos retiram células-tronco adultas da própria pessoa, presentes na medula óssea, no osso da bacia. Entre outras vantagens, isso diminui o risco de rejeição. As células são isoladas e, em seguida, injetadas diretamente nas áreas do músculo cardíaco que se encontravam em sofrimento, por um pequeno corte de dez centímetros. A identificação dessas regiões tinha sido feita por exames de imagem, como a cintilografia.
No artigo, os autores reconhecem que uma das limitações do estudo é a falta de um grupo-controle para avaliar o efeito placebo -ainda que o benefício tenha se mantido ao longo do tempo e tenha sido observado em exames. 'Há evidências de que as células-tronco podem formar vasos mas, sem um grupo-controle, não é possível afirmar que o benefício esteja diretamente relacionado ao uso delas', pondera Antônio Carlos Campos de Carvalho, chefe do departamento de ensino e pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro.
http://www.alemtemporeal.com.br/?pag=saude&cod=5044
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